08 maio 2011

Pensamento - anjo ou diabo?

Percorres a floresta, ouves os pássaros que cantam, sentes a brisa que anda no ar e ouves o barulho da ramagem das árvores que se vai abanando ao ritmo do vento! Enquanto andas, ouves o barulho que os ramos e plantas rasteiras vão fazendo ao quebrar debaixo dos teus pés!
Apesar de toda esta panóplia de sons que vão invadindo o teu ser percebes que o teu pensamento não está parado só naquilo que ouve ou vê, pelo contrário, percebes que ele voa, voa bem alto para lá daquilo que é visível! Decides ir ter com o pensamento, arrumas as nuvens que se encontram no céu, continuas a tirá-las do teu caminho (são muitas e impossibilitam que encontres o local). Até que de repente, te encontras com ele e te deparas com algo que não querias...
O teu pensamento encontra-se sentado no banco mais perturbador do jardim, no banco que tu não querias nada sentar, mas, vieste atrás dele, agora vais ter que aceitar e sentar-te lá! (o pensamento é livre como um anima selvagem, não obedece a nada nem a ninguém)
Tentas que ele vá aos poucos mostrando o assunto que o trouxe até ali...tentas não pensar que aquele pensamento, na verdade, demonstra algo que se passa dentro de ti, contigo! Tentas, na verdade, colocar-te como um estranho, mas, no decorrer da descrição começas a ser invadido por um medo, por uma sensação estranha, começas a sentir-te despido, completamente nu...todas as tuas sensações, medos, atitudes, decisões (restritas daquele banco) começam a ficar do conhecimento das duas pessoas que estão no banco do jardim! Queres parar, queres voltar, mas já não consegues...agora é encontrar forças para enfrentar!
Tomamos decisões, muitas das vezes, sem pensar adequadamente nelas e, muitas são as vezes que quando nos arrependemos já não conseguimos voltar para trás! Somos obrigados a conviver com a decisão, a enfrentar os danos!

Porquê que o pensamento consegue sempre aquilo que quer? Constantemente somos obrigados a viver com ele, com as ansias, com as vontades dele! O pensamento, na verdade, não é sempre agradavél!

[Ultimamente tem-me infernizado muito a vida]---- [Tenho medo e vergonha!]




Si

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